Micotoxinas: as grandes vilãs da produção de grãos

A produção de grãos é uma das bases mais importantes da agricultura mundial por ser essencial para a alimentação humana e animal. Porém, essa atividade enfrenta um sério desafio que compromete a qualidade, a segurança e a produtividade agrícola com a contaminação de grãos por micotoxinas.

Neste artigo, exploraremos o que de fato são as micotoxinas, como elas impactam o setor agropecuário, de que formas a saúde humana e animal são afetadas e o que podemos fazer para minimizar a contaminação.

O que são as micotoxinas?

Micotoxinas são substâncias tóxicas produzidas por algumas espécies de fungos filamentosos que, ao encontrarem as condições ideais de umidade, temperatura e oxigênio, crescem, se proliferam e contaminam grãos, cereais, farelados e diversos outros alimentos. Essas condições ideais são comumente encontradas pelos fungos tanto na fase de pré-colheita (ainda no campo) quanto na fase de transporte e armazenamento dos grãos.

No entanto, apesar dos fungos fazerem parte do nosso ecossistema e desempenharem papéis importantes na nossa vida, as micotoxinas liberadas pelos fungos podem desencadear uma variedade de problemas de saúde nos humanos e nos animais. De forma prática, a exposição contínua a essas toxinas pode levar a problemas graves, como câncer, danos ao fígado e rins, distúrbios do sistema nervoso e outros problemas crônicos.

Embora pouco se ouve falar nos efeitos das micotoxinas, sua descoberta não é novidade no mundo. Em 1960 houve um episódio marcante na Europa que levou o adoecimento e a morte de aproximadamente 100 mil perus jovens em uma granja na Inglaterra. Foi analisado que, antes de irem a óbito, as aves apresentaram sintomas que iam desde a perda de apetite até sintomas mais graves, como lesões irreversíveis no fígado. Após diversos estudos e investigações, veterinários e pesquisadores finalmente conseguiram encontrar o que estava por trás do adoecimento e da morte das aves: a presença de fungos filamentosos, que hoje conhecemos como aflatoxinas (Aspergillus flavus), nas rações.

A partir de então, as micotoxinas começaram a ter verdadeira importância nos estudos e pesquisas que priorizam a saúde, a segurança o bem-estar— seja ela humana ou animal.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), atualmente existem centenas de variedades de micotoxinas conhecidas. Porém quando falamos em segurança alimentar, essas são as mais relevantes:

Aflotoxinas

Produzidas por fungos Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus

Desoxinivalenol 

Produzidas pelo fungo Fusarium graminearum

Fumonisinas

Produzidas por fungos Fusarium moniliforme

Ocratoxina A

Produzidas por fungos Aspergillus spp. e Penicillium spp

Zearalenona

Produzidas por fungos Fusarium graminearum

Os impactos das micotoxinas na produção de grãos

As micotoxinas geram um impacto significativo na produção de grãos. Veja a seguir como esse micro-organismo afeta tanto a produtividade agrícola quanto a economia dos produtores.

  • Redução da Segurança Alimentar: Como mencionado anteriormente, as micotoxinas podem contaminar os grãos durante o cultivo, a colheita, o transporte e o armazenamento. O grande problema dessa contaminação é que ela compromete diretamente a qualidade dos grãos, tornando-os impróprios para consumo humano e animal.

  • Diminuição do Rendimento das Colheitas: A contaminação por micotoxinas pode resultar em colheitas de menor qualidade e quantidade, afetando diretamente a produtividade agrícola. Isso acontece porque os grãos contaminados não atingem o padrão de qualidade necessário para processamento e comercialização, reduzindo assim o volume de produto final aproveitável.

  • Perda Financeira Direta: A presença de micotoxinas nos grãos pode levar à rejeição de lotes inteiros, tanto no mercado doméstico quanto internacional, devido aos altos riscos à saúde associados ao consumo de alimentos contaminados. Por este motivo, quando o produtor não atende aos padrões de segurança alimentar estabelecidos pelas legislações de cada país, isso pode levar à perda de vendas e à necessidade de descartar ou vender os grãos a preços muito abaixo do esperado. 

Riscos para a saúde humana e animal

As micotoxinas representam um grande desafio no que diz respeito à saúde, à segurança e ao bem-estar dos humanos e dos animais. Isso porque a exposição a micotoxinas pode ocorrer através do consumo de grãos e produtos derivados, como cereais, nozes e rações feitas a partir de grãos que já estão contaminados com os fungos.

Em humanos, os efeitos das micotoxinas podem variar de leves a graves, dependendo do tipo e da quantidade de micotoxina ingerida. Por exemplo, em casos leves, a ingestão de micotoxinas pode ocasionar sintomas gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreia. No entanto, a exposição prolongada a essas toxinas pode resultar em complicações muito mais sérias, incluindo impactos na função hepática, no sistema imunológico, nos rins e, em alguns casos, até câncer. Normalmente, crianças e indivíduos com sistema imunológico comprometido estão especialmente vulneráveis aos efeitos nocivos das micotoxinas.

No caso dos animais, o impacto das micotoxinas é igualmente preocupante. Animais que consomem rações contaminadas podem apresentar uma série de problemas de saúde, como redução no ganho de peso, imunidade comprometida, problemas reprodutivos e até mortalidade. Além disso, animais doentes ou subnutridos devido à ingestão de micotoxinas podem transferir essas toxinas para produtos derivados, como leite, carne e ovos, aumentando ainda mais os riscos para a saúde humana.

O papel do Silo Biorreator da NCT® para aprimorar a qualidade dos grãos e ampliar a proteção em toda a cadeia alimentar

Como vimos, as micotoxinas não apenas comprometem a segurança alimentar, mas também afetam toda a cadeia produtiva, desde a criação de animais até o consumidor final, tornando-se um dos maiores desafios no manejo e produção de grãos.

Para solucionar esses desafios, a Nascente® em parceria com a Embrapa Milho e Sorgo®, iniciou uma parceria há 8 anos, focada em pesquisa e desenvolvimento, com um propósito vital em mente: proteger a saúde, nutrir a vida e cuidar do planeta.

Esse trabalho conjunto resultou na criação do Silo Biorreator da NCT®, uma inovação tecnológica e sustentável que foi projetada para detoxificar grãos, cereais e farelados, oferecendo uma solução abrangente e eficaz para os desafios enfrentados na produção agrícola. Com essa tecnologia, os produtores podem contar com um tratamento que preserva a qualidade dos alimentos, melhora a segurança alimentar e promove práticas agrícolas mais sustentáveis.

Utilizando o gás ozônio (um poderoso sanitizante, oxidante e desinfetante natural formado por três átomos de oxigênio (O³)), o Silo Biorreator da NCT® atua oxidando membranas de toxinas, neutralizando defensivos agrícolas e atenuando os efeitos nocivos dos micro-organismos patogênicos, como é o caso das micotoxinas que mencionamos neste artigo.  Ao adotar essa tecnologia, tratamos grãos, cereais e farelados de maneira eficaz, evitando a necessidade de utilizar adsorventes e produtos químicos agressivos. Esses produtos, além de serem limitados em seus efeitos e específicos em relação a determinados contaminantes, deixam resíduos que já não são mais aceitos pelos consumidores, agora cada vez mais exigentes e em busca de alimentos naturais, saudáveis e livres de qualquer resíduo químico.

Benefícios do Silo Biorreator da NCT®

  • Eficiência:Silo Biorreator da NCT® oferece uma eficiência de 94,4% no tratamento de micotoxinas, superando os métodos tradicionais. Essa alta eficiência garante uma produção de grãos mais segura e de alta qualidade.
  • Segurança: O tratamento com ozônio preserva a qualidade nutricional dos grãos, sem comprometer a segurança alimentar. Por isso, podemos dizer que ao detoxificar os grãos, cereais e seus farelados com o Silo Biorreator da NCT®, você terá a garantia de que tanto os animais como os humanos receberão alimentos seguros e nutritivos.

  • Economia: Com o Silo Biorreator da NCT® você utiliza um único equipamento para solucionar vários problemas da cadeia produtiva, como é o caso das micotoxinas, dos insetos, das pragas, das salmonelas e dos defensivos agrícolas de superfície. Isso elimina a necessidade de utilizar vários produtos químicos tradicionais para solucionar cada um dos problemas, o que, por sua vez, reduz a carga de resíduos tóxicos que tais produtos liberam tanto no meio ambiente como nos grãos.
  • Versatilidade:Silo Biorreator da NCT® é um equipamento adaptável e pode ser integrado em diversas etapas dos processos de produção e armazenamento, oferecendo flexibilidade aos produtores. Além disso, a fim de atender as necessidades específicas de cada produtor, nós estudamos e desenvolvemos um sistema sob medida utilizando o Silo Biorreator da NCT®, garantindo assim, maior eficácia no tratamento e na qualidade dos grãos.

  • Saúde: Ao evitar o uso de adsorventes e produtos químicos nocivos para tratar os problemas da cadeia produtiva, o Silo Biorreator da NCT® promove a saúde humana e animal, contribuindo para uma cadeia alimentar mais saudável e segura.

  • Sustentabilidade:Silo Biorreator da NCT® opera com baixo consumo de energia, baixa emissão de carbono e ainda não deixa herança de extração mineral, tornando o processo mais sustentável para o nosso planeta se compararmos com os métodos convencionais de detoxificação.

  • Confiabilidade: Silo Biorreator da NCT® tem validação científica e eficiência garantida pela  Embrapa Milho e Sorgo®, posicionando-se como uma escolha confiável para produtores que buscam excelência em suas operações.

  • Credibilidade: Com a validação do Silo Biorreator da NCT® em suas instalações, você poderá fazer uso do Selo de Tecnologia Embrapa na embalagem dos seus produtos, garantindo a qualidade e a segurança dos seus produtos, e fortalecendo a credibilidade do seu negócio.

Como vimos no artigo, essa inovação não só protege a saúde humana e animal, mas também contribui para a eficiência econômica e a sustentabilidade do setor agroindustrial, refletindo o compromisso da Nascente® e da EMBRAPA® em fornecer soluções de ponta para a agricultura.

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REFERÊNCIAS

Embrapa. Novembro, 2015. Cultivo do Milho. Sistema de Produção, 1. ISSN 1679-012X 1 – 9ª edição. 
FONSECA, H. 1975. Ocorrência de aflatoxina em farelos de amendoim (Arachis hypogaea L.) na região araraquarense, do Estado de São Paulo. Volume XXXII. P. 7-8.
World Health Organization. 2 de outubro de 2023. Mycotoxins. Disponível em: https://www.who.int