Os resultados foram obtidos a partir de amostras de água de várias redes de abastecimento nas cidades. Embora a maioria dos testes tenha detectado concentrações abaixo dos limites permitidos, especialistas argumentam que o risco aumenta com a exposição contínua a essas substâncias, relacionando-as a doenças crônicas, como câncer e disfunções hormonais.

A regulação no Brasil não considera o “efeito coquetel”, enquanto a União Europeia estabeleceu limites para a presença de várias substâncias na água. Isso levanta preocupações sobre os impactos da mistura desses agrotóxicos na saúde pública.

A principal causa dessa contaminação é o uso excessivo e inadequado de agrotóxicos, que ocorre principalmente em áreas rurais, mas também afeta as áreas urbanas, incluindo paisagismo. A falta de regulamentação para abordar a mistura de agrotóxicos na água preocupa especialistas, que pedem medidas mais eficazes para evitar exposições contínuas e seus riscos associados.

É evidente que a questão da segurança da água é complexa e exige ações coordenadas em níveis municipais, estaduais e federais. Garantir a qualidade da água potável é uma prioridade fundamental para proteger a saúde pública no Brasil. A sociedade civil e as autoridades devem trabalhar juntas para enfrentar esse desafio, promovendo a conscientização sobre os riscos do uso excessivo de agrotóxicos na água e pressionando por regulamentações eficazes.

Neste contexto, é crucial monitorar regularmente a qualidade da água e realizar estudos que considerem os efeitos das misturas de substâncias químicas. Além disso, é necessário que as autoridades competentes adotem medidas concretas para reduzir a contaminação e proteger a saúde de suas populações. A segurança da água é um direito humano fundamental, e a proteção desse direito deve ser priorizada em todas as políticas e regulamentações relacionadas à água no Brasil.