No mês de julho, os preços das carnes apresentaram movimentos distintos, com a carne suína se destacando pelo sexto mês consecutivo, de acordo com o Índice FAO de Preços das Carnes. O índice registrou uma pontuação em torno de 117,8, refletindo uma ligeira queda de 0,31% em relação ao mês anterior e uma redução de mais de 5% em comparação com julho do ano anterior.

Carne Bovina: Queda de Preços de 2,27% no Mês e 12% no Ano

Um dos destaques deste mês foi a redução no preço da carne bovina, com uma queda mensal de 2,27% e uma diminuição anual de quase 12%. Essa tendência foi influenciada pelo aumento da oferta nos países da Oceania, contrastando com uma demanda mais moderada no mercado asiático, onde a formação de estoques elevados e vendas internas mais lentas tiveram impacto, de acordo com a análise da FAO.

Carne de Frango: Estabilidade Mensal, Queda Anual de 12%

Os preços da carne de frango mantiveram uma relativa estabilidade durante o mês, com uma redução mensal de menos de 1%. No entanto, em termos anuais, a queda de preço foi similar à da carne bovina, atingindo também aproximadamente 12%. Isso se deveu a um aumento geral na oferta por parte dos exportadores, apesar das persistente repercussões dos surtos de Influenza Aviária nas principais regiões produtoras, conforme apontado pela FAO.

Carne Suína: Valorização Contínua pelo Sexto Mês e Melhor Desempenho no Segundo Semestre

Mais uma vez, a carne suína se destacou, registrando valorização de 2,71% durante o mês e um incremento de quase 15% em relação a julho de 2022. Este sexto mês consecutivo de aumento contínuo permitiu que a carne suína iniciasse o segundo semestre de 2023 como líder em termos de evolução de preços, de acordo com o Índice FAO. Em comparação com o valor médio registrado no período de 2014 a 2016 (base 100), a carne bovina valorizou-se em 15%, a carne de frango em 18% e a carne suína em 21%.

Conclusão

Julho trouxe movimentações diversas nos preços das carnes, com a carne suína mantendo sua tendência ascendente, contrastando com quedas na carne bovina e de frango. Esse cenário dinâmico reflete não apenas fatores de oferta e demanda, mas também influências globais e desafios como os surtos de Influenza Aviária. Acompanharemos atentamente essas tendências à medida que avançamos no segundo semestre de 2023.

Fonte: AviSite